Um dia
perdi-me nos teus olhos.
Fitavas-me,
sorridente, e eu, inocente, perdi-me sem saber que me perdia.
Gostei de
me perder.
Mas já
não gosto mais.
Partiste,
e continuo perdida.
Agora
procuro-me em todos os olhos que encontro.
Mas é uma
procura mecânica e vã, sem sabor e sentimento.
São agora
outros os olhos que se perdem nos meus.
E eu, que
perdida, não me apercebo que eles se perdem em mim.
E
busco-te, e deixo-os, abandono-os perdidos, sem saber que o são.
E
pergunto-me se quando me abandonaste foste sem o saber.
Ou se o
sabias e, simplesmente, partiste com medo de te perderes também.
O texto é sublime. Estes dois parágrafos são definições das minhas questões, filosoficamente vividas.
ResponderEliminarAdorei, adorei, adorei.
Beijo alado, Rae.
Obrigada Rae. Não escrevia há algum tempo e é bom saber que continuas a "ler-me" :)
EliminarBeijo